RUÍDO
NOISE | BRUIT | 2024
O ruído é geralmente definido como um sinal parasita que perturba a transmissão de informações, uma voz interior, as nuances de sentimentos que nos assombram a cada minuto. Neste ruído, Sofia Dias e Vítor Roriz propõem o encontro como sendo o centro da sua performance. Com cinco bailarinos.as, procuram no caos emocional e sonoro um equilíbrio instável, a música secreta de um mundo em mutação. Com uma forte vontade de experimentação, esta dupla de artistas gosta de esbater as linhas e fronteiras entre as artes, acolhendo os mil detalhes que dão profundidade ao momento, quebrando a quarta parede para construir pontes com o público. Qualquer perturbação aqui torna-se uma questão de jogo. Para empreender esta viagem rumo ao inesperado, tiveram vários encontros com neurocientistas da Fundação Champalimaud. A coreografia gira em torno da vertigem do presente, explorando o passado e o futuro dos gestos do quotidiano: de onde vêm esses gestos? O que poderia acontecer com eles se os deixássemos viver? Cheia de poesia e humor, esta reflexão sobre a possibilidade de habitar o tempo revela também um estranho sentimento de tragédia e perda.
Noise is generally defined as a parasite signal that disrupts the transmission of information, an inner voice, the nuance of feelings that haunt us every minute. In this noise, Sofia Dias and Vítor Roriz propose the meeting as the center of their performance. With five dancers, they search in the emotional and sonic chaos for an unstable balance, the secret music of a changing world. With a strong desire for experimentation, this duo of artists likes to blur the lines and boundaries between the arts, embracing the thousand details that give depth to the moment, breaking the fourth wall to build bridges with the audience. Any disturbance here becomes a matter of play. To undertake this journey towards the unexpected, they had several meetings with neuroscientists from the Champalimaud Foundation. The choreography revolves around the vertigo of the present, exploring the past and future of everyday gestures: where do these gestures come from? What could happen to them if we let them live? Full of poetry and humor, this reflection on the possibility of inhabiting time also reveals a strange feeling of tragedy and loss.
Le bruit est habituellement défini comme un signal parasite dérangeant la transmission d’une information. Il est aussi notre petite voix intérieure, le nuage des sentiments qui nous hantent à chaque minute. Ce bruit, Sofia Dias & Vítor Roriz proposent de le mettre au centre de leur performance. Avec cinq danseur.ses, ils cherchent dans le chaos émotionnel et sonore un équilibre instable, la musique secrète d’un monde à venir. Avec un fort désir d’expérimentation, ce duo d’artistes aime brouiller les pistes et les frontières entre les arts, accueillir les mille détails qui donnent toute son épaisseur à l'instant, abattre le quatrième mur pour construire des ponts avec le public. Toute perturbation devient ici matière à jeu : prière de déranger la performance en cours ! Pour entreprendre ce voyage vers l'imprévu, ils ont mené des discussions avec des scientifiques neuronaux de la Fundação Champalimaud.
La chorégraphie gravite autour du vertige du présent, explorant le passé et le futur de gestes quotidiens : d’où viennent ces gestes ? Que pourraient-ils devenir si nous les laissions vivre ? Pleine de poésie et d’humour, cette réflexion sur la possibilité d’habiter le temps laisse aussi affleurer un étrange sentiment de tragique et de perte.
Texte écrit pour la performance Ruído à Culturgest, Lisboa. octobre 2024
Direcção Artística e Criação / Artistic Direction and Creation: Sofia Dias e Vítor Roriz
Interpretação / Performance: Connor Scott, Lewis Seivwright, Maria Ibarretxe, Natacha Campos, Vi Lattaque
Som / Sound: Sofia Dias
Apoio ao desenho de som / sound design support Tiago Cerqueira
Figurinos / Costumes: José António Tenente
Desenho de Luz e Direcção Técnica / Light Design and Technical Direction: Nuno Borda de Água
Imagem de fundo / background image: Catarina Dias
Apoio à dramaturgia / Support for Dramaturgy: Simon Hatab
Parceiro / Partner: Fundação Champalimaud - Bridges to the Unknown (Lisboa)
Co-produção / Coproduction: Culturgest (Lisboa), Oficina (Guimarães), Cine-Teatro Louletano (Loulé), Teatro-Cine de Torres Vedras (Torres Vedras), O Espaço do Tempo (Montemor-o-Novo)
Produção / Production: Sofia Dias & Vítor Roriz
Administração / Administration: Cátia Mateus
Agradecimentos / Thanks: Fundação Calouste Gulbenkian, Forum Dança, Marta Ramos, Aldina jesus Atelier
Sofia Dias & Vítor Roriz é uma estrutura financiada pela República Portuguesa - Cultura I DGARTES – Direção-Geral das Artes
S&V is a structure financed by the Portuguese Republic - Culture | DGARTES – Direção-Geral das Artes
M/12
Em português, francês, inglês e espanhol com legendagem. / In Portuguese, French, Spanish and English with subtitles.
Duração / Duration: 60' approx.
APRESENTAÇÕES | PRESENTATIONS
26 - 27 Julho / July 2024
Ante-estreia / Avant-premiere
O Espaço do Tempo (Montemor-o-Novo, PT)
4 Outubro/ October 2024
Estreia / Premiere
Cine-Teatro de Torres Vedras (PT)
10 - 12 Outubro / October 2024
Culturgest (Lisboa, PT)
26 Outubro / October 2024
Centro Cultural Vila Flor (Guimarães, PT)
2025
Teatro Louletano (Loulé, PT)
O QUE DIZEM | WHAT THEY SAY
As pontes para o desconhecido, por Cláudia Galhós, in Expresso
Sofia Dias e Vítor Roriz dançam para os neurónios espelho, por Gonçalo Frota, in Público
A Beleza do ruído, por Gabriela Lourenço, in Agenda Cultural de Lisboa
Império dos Sentidos, com Paulo Guerra, Antena 2
Rita Vilhena, in CRATERA grupo de Investigação performance e cognição do ICNova
A poética do que ainda escapa à compreensão, por José Maria Cortez, in Jornal Crónico
Roer o ar, por Duarte Amado, in Jornal de Letras
MAIS | MORE
The rest is Noise, de / by Simon Hatab (dramaturgo da peça)
O Projeto Invisível #7 / 2. O Som do Ruído (Culturgest)
©Bruno Simão