SOFIA DIAS E VÍTOR RORIZ são uma dupla de artistas/coreógrafos a colaborar desde 2006. A natureza híbrida da sua pesquisa, associada a uma curiosidade e necessidade de experimentação levou-os à criação de vários espectáculos, performances, faixas sonoras, vídeos, podcasts e instalações, atravessando diferentes contextos e  esbatendo limites entre áreas artísticas.

 

Os seus espectáculos para palco, convocam uma linguagem coreográfica depurada em ligação com a palavra e a voz, como são exemplo Um gesto que não passa de uma ameaça de 2011 (Prix Jardin d'Europe, Aerowaves, nomeado para os prémios SPA) ou O que não acontece de 2018. Para além dos espectáculos em dupla, Sofia e Vítor têm vindo a criar com e para outros intérpretes, quer a convite da Companhia Instável em 2010 e da Companhia Maior em 2019, quer em produções próprias, tais como “Satélites” (2015), “Escala” (2021), “Ruído” (2024) e os espectáculos para crianças “Sons Mentirosos Misteriosos" (2020) e “Uma partícula mais pequena do que um grão de pó” (2023/2024).

 

Dos cerca de 30 projectos de criação, realizados ao longo dos últimos 19 anos, Sofia e Vítor contam com várias experiências noutros contextos que não o palco, como por exemplo, a peça radiofónica De olhos fechados realizada para a OSSO (2021), o vídeo Contorno criado para a 3ª edição da Traça (2020), a performance/instalação Dispositivos no Teatro do Bairro Alto (2020), a peça sonora Cais do gás em Lisbon by Sound (2014), o audio-guia performativo para 100 pessoas num bosque do projecto Shared Landscapes (2023/24), a performance para uma pessoa All around you (2024), ou a série de performances Arremesso para espaços não convencionais que a dupla tem vindo a apresentar desde 2011. Uma série que conta já com dez edições e que procura reactivar e re-significar o arquivo de gestos, movimentos, textos, músicas, paisagens sonoras, vozes e “estados de presença” que se vão acumularam ao longo da colaboração. 

 

Apesar da actividade de criação artística caracterizar o trabalho desta dupla, a sua primeira acção de colaboração, em 2006, é o Projecto MOLA - Movimento Latente - um projecto de educação artística não formal para crianças e adultos de diferentes proveniências sociais e económicas que se manteve activo até 2010. Desde então, Sofia e Vítor leccionam regularmente aulas e workshops em Portugal e no estrangeiro, quer no contexto dos festivais e teatros onde apresentam os seus espectáculos, quer em instituições formais ou informais de pesquisa e ensino, como o c.e.m. – centro em movimento (Lisboa), La Place de la Danse CDCN (Toulouse) e ESAD (Caldas da Raínha). Desde 2010 que mantêm uma relação de proximidade com o Fórum Dança (Lisboa), tendo sido convidados para a curadoria da 2ª e 6º edições do Programa Avançado de Criação em Artes Performativas (PACAP 2 - 2018/19 e PACAP 6 - 2023).

 

O interesse crescente da dupla por formas de partilha e reflexão entre pares, levou-os à participação e organização, desde 2012, de várias residências e encontros entre artistas, dos quais destacam AWARE no contexto do Festival Alkantara. Sofia e Vítor são chamados regularmente para sessões de "feedback" e "olhar exterior" de vários projectos de artes performativas.

 

Enquanto dupla, foram convidados a colaborar com diversos artistas, entre os quais, Lilia Mestre (Beyond Mary and Joseph), Lara Torres (An impossible wardrobe for the invisible), Gonçalo Waddington e Carla Maciel (At most mere minimum), Marco Martins e Clara Andermatt (Durações de um Minuto), Marco Martins (Two maybe more), Mark Tompkins (improvisation based on In C), Tim Etchells (The exhibition of a film), Felipe Hirsch (Ópera Orphée - de Philip Glass), Boris Charmatz (terrain). Têm vindo a colaborar mais regularmente com Tiago Rodrigues, enquanto intérpretes nas peças António e Cleópatra de 2014 (ainda em circulação nas versões portuguesa, inglesa e francesa) e Sopro de 2017. Em 2020, fizeram assistência ao movimento na peça Catarina e a beleza de matar fascistas e em 2023 interpretaram na ópera Tristão e Isolda, de Wagner, encenada pelo mesmo autor (Opera de Lorraine, Nancy, FR). Têm criado performances em diálogo com o trabalho de alguns artistas visuais, tais como Catarina Dias com Potlatch, Francisco Tropa com Choses sans ombre (Serralves e CND Paris), Rui Chafes e Alberto Giacometti, Por um instante (CAM e FCGulbenkian) e mais recentemente Vivian Suter, com Arremesso X (MAAT em colaboração com Alkantara). 

 

Desde o início da sua colaboração que contam com o apoio de diversas estruturas culturais: O Espaço do Tempo, da qual foram artistas associados entre 2009 e 2016, a já extinta Bomba Suicida no período de 2006 a 2009 e Materiais Diversos que, entre 2012 e 2016, fez a produção, difusão e administração da toda a actividade artística da dupla. Também não podem deixar de destacar a relevância do Centro Cultural Vila Flor, Alkantara e da Devir/CAPA no apoio ao seu trabalho criativo.

Colaboraram com as estruturas de produção e difusão cultural SUMO, Something Great e Agência 25. Ao longo destes anos têm usufruído do importante apoio das redes europeias Looping, TRANSFER, Aerowaves, Open Latitudes, Modul Dance, ONDA e Départs. 

Em 2020, desenvolveram o projecto Infiltração no Teatro do Bairro Alto que culminou com a estreia da peça Escala.

Em 2022 foram os Artistas em Destaque no GUIDance.

Em 2022/2023 Sofia e Vítor foram Novos Inquilinos no Teatro Viriato em Viseu. 

Entre 2023 e 2024 foram Artistas Residentes na Fundação Champalimaud.

Em 2025 são artistas Em Casa nos Estúdios Vítor Córdon.

Sofia Dias & Vítor Roriz são membros associados da REDE - Associação de Estruturas para a Dança Contemporânea

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SOFIA DIAS E VÍTOR RORIZ are a duo of artists/choreographers collaborating since 2006. The hybrid nature of their research, connected to a strong curiosity and need for experimentation, led them to create several shows, performances, videos, podcasts and installations, crossing different contexts and blurring limits between artistic fields.

 

Their performances conceived for stage, mainly performed by the duo, summon up a particular choreographic language in relation to text and voice, as manifested in the pieces A gesture that is nothing but a threat 2011 (Prix Jardin d'Europe, Aerowaves and nominated to SPA awards) and What does not happen 2018. Besides their shows in duet, Sofia and Vítor have been also creating with and for other performers, invited by companies, such as Companhia Instável 2010, or Companhia Maior 2019; and in their own productions such as Satellites (2015), Escala (2021), Noise (2025) and their pieces for children, Sons Mentirosos Misteriosos 2020 [Mysterious Lying Sounds] and Uma partícula mais pequena do que um grão de pó  (2023/24) [A particle smaller than a grain of dust].

 

With approximately 30 projects conceived over the last 19 years, Sofia and Vítor spread their research to other mediums and contexts. As in the radio piece De olhos fechados [With eyes closed] for OSSO (2021), the video work Contorno [Contour] created for the third edition of Traça (2020), the sound piece Gas pier in Lisbon by Sound (2014), the performative audio-guide for 100 people in the woods in the project Shared Landscapes (2023/24), the performance for one person All around you (2024), or in the series of performances for non-conventional spaces presented since 2011, Arremesso. A series that counts already with ten different editions that search for reactivating and re-signifying the archive of gestures, movements, texts, musics, soundscapes, voices and “states of presence” they have been collecting throughout their collaboration.  

 

Although the artistic creation is a mark in the path of this duo, their first collaboration, in 2006, was Project MOLA – Movimento latente – a project of informal artistic education for children and adults from different social and economic backgrounds that kept active till 2010. The duo’s educational activity continued in the professional context after an invitation by Companhia Instável in Porto to teach a workshop. Since then, Sofia and Vítor regularly run workshops and classes in Portugal and abroad, in the context of the festivals where they present their works, or in formal and informal institutions of education/training/research, like C.e.m. – Centro em movimento (Lisbon), La Place de la Danse CDCN (Toulouse) and ESAD (Caldas da Raínha). Since 2010 they keep a close relationship with Fórum Dança (Lisboa), where they were invited to make the curatorship of the second and the sixth editions of PACAP – Advanced Program of Creation in Performing Arts (PACAP 2 - 2018/19 and PACAP 6 - 2023).

 

The growing interest for forms of sharing and reflection among pears, lead them to develop and take part, since 2012, of various residencies and meetings between artists, highlights include AWARE in the context of Alkantara Festival. Sofia and Vítor are usually requested for “feedback sessions” and “outside view” for multiple performative arts' projects. 

 

As a duo, they were invited to collaborate with several artists, such as Lilia Mestre (Beyond Mary and Joseph), Lara Torres (An impossible wardrobe for the invisible), Gonçalo Waddington and Carla Maciel (At most mere minimum), Marco Martins and Clara Andermatt (Durações de um Minuto), Marco Martins (Two maybe more), Mark Tompkins (improvisation based on In C), Tim Etchells (The exhibition of a film), Felipe Hirsch (Opera Orphée), Boris Charmatz (terrain). 

They have been collaborating regularly with Tiago Rodrigues as performers in Antony and Cleopatra 2014 (still touring in its Portuguese, French and English versions) and in Sopro 2017. In 2020 they did movement assistance for the piece Catarina e a beleza de matar fascistas and in 2023 they performed in Wagner’s opera Tristan et Isolde, staged by the same author (Opera National de Lorraine, Nancy, FR). They have been creating performances in dialogue with the work of some visual artists, such as Catarina Dias in Potlatch, Francisco Tropa with Choses sans ombre (Serralves and CND Paris), Rui Chafes and Alberto Giacometti, Por um instante (CAM and FCGulbenkian) and more recently Vivian Suter, with Arremesso X (MAAT in partnership with Alkantara). 

 

Since the beginning of their collaboration they are supported by many different structures: O Espaço do Tempo, being associate artists between 2009 and 2016, the former Bomba Suicida in the period from 2006 to 2009 and Materiais Diversos that, between 2012 and 2016 took charge of the production, diffusion and administration of all artistic activity of the duo. They can not fail to mention Centro Cultural Vila Flor, Alkantara and Devir/CAPA for the support given to their creative work. They have collaborated with the structures of production and cultural diffusion SUMO, Something Great and Agência 25. Along these years they have enjoyed the significant support of the European networks Looping, TRANSFER, Aerowaves, Open Latitudes, Modul Dance, ONDA and Départs.

In 2020, they’ve developed the project of six months, Infiltration at Teatro do Bairro Alto that concluded with the piece Escala.

In 2022 they were Featured Artists at GUIDance Festival.

In 2022/2023 Sofia and Vítor were “Novos Inquilinos” [New tenants] at Teatro Viriato in Viseu. 

Between 2023 e 2024 S&V were Resident Artists at Champalimaud Foundation.

In 2025 they are the artists "Em Casa" at Estúdios Vítor Córdon.

Sofia Dias & Vítor Roriz are associate members of REDE - Associação de Estruturas para a Dança Contemporânea.

 

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SOFIA DIAS ET VÍTOR RORIZ sont un duo d’artistes/chorégraphes basés à Lisbonne, collaborant depuis 2006. La nature hybride de leur recherche, leur curiosité et leur nécessité d’expérimentation les ont conduits à la création de plusieurs spectacles, performances, pistes sonores, vidéos, podcasts et installations, recouvrant différents contextes et brouillant les frontières entre les domaines artistiques. 

 

Leurs spectacles pour la scène, qu’ils interprètent généralement eux-mêmes, convoquent une langage chorégraphique épuré, reliant le mot et la voix, comme on peut l’observer dans les pièces Un geste qui n’est plus qu’une menace, créé en 2011 (lauréat du Prix Jardin d’Europe, Aerowaves et nominé au Prix SPA) et Ce qui n’a pas lieu (2018). Ces deux pièces sont toujours en tournée nationale et internationale. Sofia et Vítor ont également créé des spectacles avec et pour d’autres interprètes, qu’ils soient invités par d’autres compagnies, tels que la Companhia Instável (2010) ; la Companhia Maior (2019) ou dans leurs propres productions, comme pour Satélites (2015), Escala (2021), Bruit (2024) ou dans leurs créations pour enfants, Sons Menteurs Mystérieux (2020) et Une particule plus petite qu'un grain de poussière (2023/24). 

 

Au fil des 30 projets de création réalisés durant ces 19 dernières années, Sofia et Vítor ont fait diverses expériences dans des contextes outrepassant parfois les limites du plateau: par exemple la pièce radiophonique De olhos fechados [Avec les yeux fermés] réalisée pour OSSO (2021), la vidéo Contorno [Contour] crée pour la troisième édition de TRAÇA (2020), la performance-installation participative Dispositivos - Infiltração au Teatro do Bairro Alto (2020), la pièce sonore Cais do Gás [Quai du gaz] au Lisbon By Sound (2014), l'audio-guide performative pour 100 personnes dans la forêt au projet Paysages Partagés (2023/24), la performance pour une personne à la fois All around you [Autour de toi] (2024), ou la série de performances Arremesso pour des espaces non conventionnels que le duo présente depuis 2011. Une série qui compte déjà neuf performances, cherchant à réactiver et re-signifier l’archive des gestes, des mouvements, des textes, des musiques, paysages sonores, voix et états de présence accumulés au cours de leur collaboration. 

Si l’activité de création artistique caractérise le travail de ce duo, leur première action de collaboration était le Projecto MOLA [Mouvement Latent] (2006), un projet d’éducation artistique non formel, destiné à un groupe d’enfants et d’adultes d’origines socio-économiques diverses, projet resté actif jusqu’en 2010. Leur activité pédagogique s’est poursuivie dans un contexte professionnel, sur invitation de la Companhia Instável, avec un atelier dans la ville de Porto. À la suite de cette expérience, Sofia et Vítor donnent régulièrement des cours et des ateliers, aussi bien au Portugal qu’à l’étranger, au sein des festivals et des théâtres où ils présentent leurs spectacles, ainsi que dans des institutions formelles et informelles de recherche et d’enseignement, comme le c.e.m – Centro em Movimento (Lisbonne), la Place de la Danse (Toulouse) et l’ESAD (Caldas da Raínha, Portugal). Depuis 2010, ils sont régulièrement invités au Fórum Dança (Lisbonne), notamment pour organiser la 2ème et la sixième éditions du Programme Avancée de Création en Arts Performatives (PACAP2 – 2018/19 et PACAP 6 - 2023).

 

Depuis 2012, leur intérêt croissant pour les formes de partage et de réflexion entre pairs les a amenés à participer et à organiser diverses résidences et rencontres entre artistes, parmi lesquels AWARE, dans le cadre du Alkantara Festival. Sofia et Vítor sont régulièrement invités en tant que « regard extérieur » sur des projets d’arts performatifs. 

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Ce duo a souvent été invité à collaborer avec plusieurs artistes, parmi lesquels Lilia Mestre (Beyond Mary and Joseph), Lara Torres (An Impossible Wardrobe for the Invisible), Gonçalo Waddington et Carla Maciel (At most mere minimum), Marco Martins et Clara Andermatt (Durações de um minuto), Marco Martins (Two maybe more), Mark Tompkins (Improvisation based on In C), Tim Etchels (The exhibition of a film), Felipe Hirsh (Ópera Orphée), Boris Charmatz (terrain). Ils collaborent régulièrement avec Tiago Rodrigues, en tant qu’interprètes, dans Antoine et Cléopâtre (créé en 2014 et toujours en tournée en version portugaise, anglaise et française) et Sopro (2017). En 2020, ils ont été conseillers en chorégraphie pour la pièce Catarina et la beauté de tuer des fascistes de Tiago Rodrigues. Ils sont actuellement en préparation d’une nouvelle création (Tristan et Isolde pour l’Opéra de Lorraine) avec le même directeur. Ils ont crée des performances en dialogue avec le travail de certains artistes visuels, tels que Catarina Dias dans Potlatch, Francisco Tropa avec Choses sans ombre (Serralves et CND Paris), Rui Chafes et Alberto Giacometti, Por um instante (CAM et FCGulbenkian) et plus récemment Vivian Suter, avec Arremesso X (MAAT en collaboration avec Alkantara). 

 

Depuis le début de leur collaboration, ils sont soutenus par diverses structures culturelles : O Espaço do tempo (artistes associées entre 2006 et 2009) ; Materiais Diversos (diffuseur, producteur et administrateur des activités artistiques du duo entre 2012 et 2016). Sans oublier l’importance de Alkantara, Devir/CAPA et du Centro Cultural Vila Flôr qui ont soutenu leur travail. 

Ils ont collaboré avec différentes structures de diffusion et de production culturelles : SUMO, Something Great et Agência 25. Au fil des ans, ils ont bénéficié du soutien important des réseaux européens Looping, TRANSFER, Aerowaves, Open Latitudes, Modul Dance, ONDA et Départs. En 2020, ils ont développé le projet Infiltração [Infiltration] au Teatro do Bairro Alto, dont le point culminant fut la création du spectacle Escala.

En 2022, ils étaient Artistas em Destaque [Artistes à l’affiche] au GUIDance, Centro Cultural Vila Flor (Guimarães, Portugal).

En 2022/2023, Sofia et Vítor sont Artistes Associées au Teatro Viriato (Viseu, Portugal). 

Entre 2023 et 2024 S&V ils étaient Artistes Résidents à la Fondation Champalimaud (Lisbonne).

En 2025 ils sont les artistes Em Casa au Estúdios Vítor Córdon (Lisbonne).

Sofia Dias et Vítor Roriz font partie de REDE – Associação de Estruturas para a Dança Contemporânea [Association des structures de Danse Contemporaine].

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